A clamídia é uma doença sexualmente transmissível das mais comuns no mundo todo. Trata-se de uma DST silenciosa, que tanto pode afetar homens quanto mulheres e que não tem tratamento complicado, embora possa trazer sérios problemas de saúde se não receber a devida atenção.
A clamídia é causada por uma bactéria denominada Chlamydia trachomatis, que, além de infectar homens e mulheres, também pode ser transmitida da mãe para o filho no momento do parto.
A infecção provocada por essa bactéria normalmente atinge a uretra e os órgãos genitais, podendo ainda acometer o ânus, a faringe e se tornar responsável por doenças pulmonares.
O seu ciclo é iniciado quando os CE infecciosos atacham-se às microvilosidades das células suscetíveis, sendo a fixação seguida de penetração ativa no inteior da célula hospedeira. Uma vez internalizada, as clamídias permanecem no interior de fagossomas citoplasmáticos, onde prossegue o ciclo de multiplicação.
Mais do que apenas a infecção, a clamídia pode se tornar causa de infertilidade masculina e feminina. No homem, a bactéria pode provocar inflamações nos epidídimos e nos testículos, promovendo a obstrução que impede a passagem dos espermatozoides e, nas mulheres, o risco é a bactéria atravessar o colo uterino, atingindo as trompas e provocando a doença inflamatória pélvica, ou DIP.
Para o bebê infectado com clamídia no nascimento, corre o risco de desenvolvimento de conjuntivite e pneumonia.
A principal causa de transmissão da clamídia é através das relações sexuais, sejam vaginais, anais ou orais, sem o uso de preservativo, embora haja também a possibilidade de ser transmitida da mãe para o bebê durante o parto.
A bactéria que provoca a clamídia é um parasita intracelular, ou seja, que se aloja nas células, e que produz esporos, o que faz com que sua disseminação pelo organismo seja mais rápida e mais fácil.
Na natureza existem três espécies de clamídia que provocam doenças em humanos, a Chlamydia trachomatis, a Chlamydia psittaci e a Chlamydia pneumoniae. A bactéria da espécie trachomatis é a mais comum, sendo ela a causadora de infecção genital e de tracoma, a infecção que acomete os olhos.
A espécie pneumoniae provoca doenças respiratórias semelhantes à pneumonia e a espécie psitacci provoca psitacose, uma doença respiratória transmitida pelas aves, principalmente araras, periquitos e papagaios.
Como salientamos, a clamídia é uma doença sexualmente transmissível que infecta pessoas ao manter relações sexuais com outras já contaminadas, o que exige o uso de preservativos no relacionamento íntimo, principalmente quando não se tem conhecimento mais aprofundado do parceiro.
O período de incubação da clamídia é de aproximadamente 15 dias, entre a relação sexual e o surgimento dos sintomas e, durante esse período, o portador da bactéria já se torna capaz de transmitir a doença.
De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, a clamídia é responsável por 25% dos casos de infertilidade, distribuídos em 15% nas mulheres e 10% nos homens. Entre 10% a 20% das mulheres atendidas na faixa de 15 a 24 anos apresentam a doença.
O grupo de risco da clamídia é formado por todas as pessoas sexualmente ativas, que não fazem uso de preservativo nas relações sexuais e não se preocupam com doenças sexualmente transmissíveis.
Como a maior parte das mulheres infectadas pela clamídia não apresenta qualquer sintoma, é recomendado que se faça exames anualmente, principalmente quando fazem parte do grupo de risco.
Pessoas que encontram novo parceiro sexual ou que mantém relações com parceiros sexuais diferentes em menos de 60 dias, com histórico de DST, devem procurar o médico periodicamente para verificar a possibilidade de estar infectada ou não.
O médio pode avaliar o risco de uma pessoa estar ou não infectada com base no seu histórico sexual, uma vez que a doença pode não apresentar sintomas. Assim, o médico deve perguntar se a pessoa teve relações sexuais sem preservativo, podendo confirmar a presença da bactéria através da análise de urina ou de uma zaragatoa da uretra ou do colo do útero.
Entre as mulheres, pelo menos 75% não apresentam sintomas da clamídia, percentual que chega a 50% entre os homens. No caso se surgirem sintomas, eles podem se manifestar através de ardor ao urinar, secreção genital anormal e dores durante as relações sexuais.
O agente transmissor da clamídia, a bactéria Chlamydia trchomatis, atinge a uretra e os órgãos genitais provocando os sintomas referidos no parágrafo anterior, além do aumento de vontade de urinar.
O período de incubação da clamídia é de aproximadamente 15 dias, fase em que o paciente infectado pode transmitir a doença. A infecção atinge especialmente a uretra e os órgãos genitais, podendo acometer também a região anal e a faringe, de onde poderá se tornar responsável pelo desenvolvimento de doenças pulmonares.
A infecção, no entanto, pode ser assintomática e quando os sintomas aparecem, são parecidos em ambos os sexos, causando dor ou ardor ao urinar, com aumento do número de micções e presença de secreção fluida.
Nas mulheres, a clamídia também pode provocar perda de sangue nos intervalos do período menstrual e dores no baixo ventre.
Mesmo quando se manifestam, os sintomas da clamídia podem ser fracos e passageiros. Os principais sinais de contaminação pela clamídia são os seguintes:
Principalmente nas mulheres, os sintomas da clamídia podem se apresentar da seguinte forma:
Nos homens, a clamídia pode provocar corrimento anormal pelo pênis, que não se trata de urina ou sêmen, além da sensação de dor ao urinar.
É importante destacar que um em cada quatro homens com clamídia não apresentam qualquer sintoma e somente 30% das mulheres apresentam sinais da doença.
Sintomas comuns em cada sexo:
Mulher | Homem |
---|---|
Dor ao urinar | Corrimento esbranquiçado e aquoso pelo pénis |
Corrimento vaginal anormal | Dor ao urinar |
Dor no baixo ventre | Dor testicular |
Dor e/ou hemorragia durante ou após as relações sexuais | Inflamação do epidídimo (testículos) |
Perdas de sangue ou fluxo menstrual mais abundante | Vontade frequente de urinar |
O diagnóstico da clamídia é feito através de exames laboratoriais. As bactérias são detectadas geralmente através da análise de uma amostra de urina ou de um cotonete genital. Para o cotonete, um botão de algodão é usado para limpar a área e recolher algumas pilhas, que são verificadas para se analisar a presença das bactérias ao microscópio.
No caso de mulheres, a amostra de urina é o meio mais frequente para verificar a infecção pela clamídia. Os cotonetes também poder ser tomados da cerviz, dentro da vagina mais baixa ou da abertura da uretra.
Nos homens, as amostras de urina são as mais adequadas para verificar a presença das bactérias, embora os cotonetes possam ser usados na abertura da uretra, na ponta do pênis.
As pilhas coletadas através dos cotonetes e da urina são levadas a crescer em cultura e, se as colônias da bactéria surgirem, a infecção está confirmada. O processo, no entanto, pode ser demorado.
Atualmente existem outros tipos de exame, usados como testes da amplificação do ácido nucleico, incluindo reação em cadeia da polimerase, ou PCR, transcrição da amplificação (TMA) e amplificação do deslocamento da costa do DNA (SDA).
Sem tratamento adequado, a clamídia pode permanecer longos períodos no organismo e, durante esse tempo, o portador irá contagiando outras pessoas e disseminando a bactéria, principalmente se continua mantendo relações sexuais sem proteção.
A clamídia não causa problemas a longo prazo se for tratada antes que surjam complicações. Não tratada, a clamídia pode levar a muitas complicações, nas mulheres, as bactérias invadem as células que revestem o endocérvice (a abertura para o útero). À medida que se espalha para o trato reprodutivo, pode eventualmente levar à infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica.
Entre as complicações que podem ser provocadas pela clamídia estão as seguintes:
Clamídia não tratada pode aumentar os riscos de uma pessoa adquirir ou transmitir mais facilmente o HIV.
Algumas pessoas podem desenvolver dores nas articulações e artrite.
Se não for tratada, a infecção por clamídia pode disseminar-se rapidamente pelo sistema genital feminino, resultando em:
Esta doença inflamatória pélvica (DIP) é muito perigosa e pode levar à infertilidade a gravidez ectópica e a abortos espontâneos.
Se a infecção por clamídia não for tratada pode disseminar-se por outras partes do sistema reprodutor masculino e conduzir a:
A epididimite é uma doença muito grave que pode levar à obstrução dos vasos deferentes e à infertilidade.
A relação entre a clamídia e a infertilidade é bem conhecida e está clinicamente comprovada, sendo esta doença uma das maiores causas de infertilidade a nível mundial. Devido à sua natureza muitas vezes assintomática, a clamídia pode permanecer por tratar e disseminar-se a outros órgãos, em particular ao sistema reprodutivo quer dos homens quer das mulheres.
Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens infectados não apresentam quaisquer sintomas. Quando ocorrem sintomas, estes traduzem-se nos homens por corrimento proveniente da uretra e dor ao urinar.
Nas mulheres são frequentes os sintomas semelhantes aos da cistite, bem como um aumento do corrimento vaginal. No caso de ocorrer a inflamação do cérvix (colo do útero), podem ocorrer hemorragias entre períodos e após as relações sexuais e desconforto durante as relações sexuais.
No caso das mulheres, se a infecção for deixada por tratar, pode disseminar-se aos restantes órgãos do sistema reprodutor feminino, em especial ao útero e às trompas de Falópio, o que pode levar à doença inflamatória pélvica (DIP). Cerca de 1 em cada 5 mulheres infectadas com clamídia desenvolve DIP, tornando esta doença sexualmente transmissível uma das principais causas de infertilidade nas mulheres. Os sintomas da DIP são geralmente dor no baixo abdómen, febre e dor durante as relações sexuais, apesar de esta doença poder ser assintomática.
Aproximadamente 10% das mulheres com clamídia tornam-se inférteis como resultado da doença inflamatória pélvica.
Para além da clamídia poder causar infertilidade, também pode ser responsável pela ocorrência de gravidez ectópica, devido aos danos provocados nas trompas de Falópio.
O tratamento da clamídia deve ser feito com antibióticos específicos, que agem contra as bactérias, eliminando-as do organismo. O tratamento deve ser feito mediante consulta médica, devendo o profissional indicar a quantidade de medicamento que o paciente deve usar.
Entre os tratamentos mais indicados para a Clamídia, estão:
O tratamento da clamídia deve ser feito com antibióticos específicos, que agem contra as bactérias, eliminando-as do organismo. O tratamento deve ser feito mediante consulta médica, devendo o profissional indicar a quantidade de medicamento que o paciente deve usar.
Entre os tratamentos mais indicados para a Clamídia, estão:
Tratamento | Administração | Princípio Activo | Duração | Posologia | Saiba mais |
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Doxiciclina | Cápsulas | Doxiciclina | 7 dias | 2 vezes/dia | Consulta |
Azitromicina | Comprimidos | Azitromicina | 1 dia | Dose única | Consulta |
A Doxiciclina é um antibiótico para diversas infecções bacterianas, servindo para tratamento de acne e de doenças sexualmente transmissíveis, infecções intestinais e periodondite, entre outras.
A Doxiciclina é um antibiótico que interfere na produção das proteínas exigidas pela bactéria para sua proliferação, evitando a disseminação no organismo e facilitando sua eliminação pelo sistema imunológico do paciente.
Em mulheres grávidas o tratamento com Doxicilina deve ser evitado e o tratamento com Azitromicina deve ser avaliado por um médico. Durante o tratamento com ambos os medicamentos, deve abster-se de ter relações sexuais e o(a) seu actual parceiro(a) deve seguir o mesmo tratamento, até a infecção estar erradicada.
Além da Doxiciclina, a Azitromicina também é um medicamento indicado para tratamento da clamídia, agindo da mesma forma, ou seja, inibindo a síntese das proteínas nas bactérias responsáveis pela infecção. Não conseguindo mais produzir as proteínas essenciais para sua disseminação, as bactérias podem ser facilmente eliminadas pelo próprio sistema imunológico do paciente.
A Doxiciclina é um antibiótico para diversas infecções bacterianas, servindo para tratamento de acne e de doenças sexualmente transmissíveis, infecções intestinais e periodondite, entre outras.
A Doxiciclina é um antibiótico que interfere na produção das proteínas exigidas pela bactéria para sua proliferação, evitando a disseminação no organismo e facilitando sua eliminação pelo sistema imunológico do paciente.
Em mulheres grávidas o tratamento com Doxicilina deve ser evitado e o tratamento com Azitromicina deve ser avaliado por um médico. Durante o tratamento com ambos os medicamentos, deve abster-se de ter relações sexuais e o(a) seu actual parceiro(a) deve seguir o mesmo tratamento, até a infecção estar erradicada.
Além da Doxiciclina, a Azitromicina também é um medicamento indicado para tratamento da clamídia, agindo da mesma forma, ou seja, inibindo a síntese das proteínas nas bactérias responsáveis pela infecção. Não conseguindo mais produzir as proteínas essenciais para sua disseminação, as bactérias podem ser facilmente eliminadas pelo próprio sistema imunológico do paciente.
Da mesma maneira que em outras doenças sexualmente transmissíveis, a clamídia pode ser evitada desde que a pessoa não mantenha relações sexuais sem preservativos.
Além disso, também é importante evitar relações sexuais promíscuas, com diversos parceiros, ou com pessoas de quem o indivíduo não tenha conhecimento do histórico de saúde.
A prevenção da clamídia também deve ser feita com consultas periódicas ao médico, principalmente quando a pessoa não atende aos sistemas de prevenção apresentados anteriormente, contando-lhe seu histórico médico e sendo examinada para verificar a possibilidade ou não da infecção.
Nossas consultas incluem perguntas gerais sobre sua saúde (por exemplo, níveis de tensão arterial, doenças que já teve ou tem), bem como questões específicas relacionadas ao tratamento que selecionou. Também solicitaremos informações pessoais relevantes para concluir o pagamento e a entrega.
Todas as perguntas são necessárias e suas respostas e detalhes não serão compartilhados com terceiros. Somente nossos médicos têm acesso às suas informações médicas.